quinta-feira, 2 de abril de 2009

Ressurreição é vida.

O impacto da morte de Jesus sobre os discípulos foi arrasador. A prisão, a tortura, julgamento e morte de Jesus foram extremamente duros e dolorosos para os discípulos, tanto que se dispersaram no momento da prisão (Mc 14,51). Somente João segue Jesus de perto. Pedro também segue, mas o nega (Jo 18,15-27). Ver Jesus crucificado, morto e levado à sepultura era um caos para aqueles homens simples. Eles o amavam muito. Estavam aflitos e choravam (Mc 16,10). "Estavam fechados em casa por medo dos judeus" (Jo 20.19). Os discípulos que vão a Emaús estão entristecidos e "com o rosto sombrio" (Lc 24,47). De repente, tudo se transforma e Ele se coloca no meio deles. Deve ter sido magnífico. A alegria era tanta que não conseguiam acreditar (Lc 24,47). Jesus, então, diz: "Vede minhas mãos e meus pés. Sou eu! Apalpai-me e entendei que um espírito não tem carne e ossos como estais vendo que tenho"( Lc 24,39-40). Mostrou-lhes então as mãos e o lado. É Ele mesmo, aquele que fora crucificado. Agora vive. Lucas insiste que é Jesus em carne e osso, tanto que come: "Como permanecessem surpresos, disse-lhes: "tendes alguma coisa para comer"? Apresentaram-lhe um pedaço de peixe assado. Tomou-o e comeu diante deles "(Lc 24,41-43). O fato de comer significa que é um ser vivo. Não é um espírito que não tem carne e osso (39). Pedro diz na casa de Cornélio: "Nós que comemos e bebemos com Ele depois da Ressurreição" (At 10,41). Está a dizer: vivemos amigavelmente com Ele. Quando há presença, os discípulos não precisavam perguntar quem era Ele, pois o sabiam (Lc. 21.12). Ele mesmo distribui o pão e o peixe (Jo 21.13). Ele vive e muito bem, e com um bom apetite. Estes detalhes parece ser sem importância, mas não o são.
Autor: Pe.Luiz Carlos de Oliveira - Fonte: http://www.santuarionacional.com

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